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Os olhares falam as palavras que a boca não pronuncia, talvez esse seja afinal o nosso sentido mais apurado.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Um

Demorei-me em escrevê-lo, foi um atraso premeditado. De quem no primeiro dia já espera o último só para terminar de matar a sede.
Quis vê-lo crescer, cobrar-lhe em intensidade cada ano em que não germinou.
Que nos amores é isso que subsiste. Quer-se sempre mais do que é dado e do que se acha que é permitido. 
Esperei porque acho que os amores devem amadurecer antes de sair à rua.
 Precisam de um período de entrosamento, um segredo a dois, como aquele de "só quem está no convento é que sabe o que lá vai dentro".
Por isso, passou um. O melhor. 
E apesar de já te conhecer cada recanto, tenho agora 5 anos para continuar a saber quem és, Medicina.