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Os olhares falam as palavras que a boca não pronuncia, talvez esse seja afinal o nosso sentido mais apurado.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Deixei-te para trás.



Fico feliz pela louca persistência em que me conheci.
Tenho apenas pena das palavras que não consegui dizer, dos pedidos que não fiz, das frases que dançaram no meu peito sonos inteiros.
A verdade é que nem sempre olhamos para a frente como devemos.

"Jamais haverá ano novo, se continuares a copiar os erros dos anos velhos."



SIGA 2010!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

I guess.



Sei que um dia te vais lembrar de mim, e os números da tua agenda passarão claramente à tua frente e não terás nenhum para marcar. Talvez até tentes o meu, mas até lá posso não te atender ou talvez aquele já nem seja o meu número. Vais tentar chamar alguém, mas não vai haver ninguém que largue tudo para te ir dar um abraço. Nessa fracção de segundo, quando os teus pés perderem o chão, vais-te lembrar do meu carinho e do meu sorriso inocente. Virão súbitas memórias dos nossos momentos, abraços ou até do sossego quando adormecias no meu peito. E só haverá uma música a repetir no teu rádio: a nossa. E num novo momento vais sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração e vais torcer bem forte para ter o nosso mundo de volta. Vais estar deitado na tua cama, a ver televisão, como mais uma das muitas noites que aí passas, vais ouvir a chuva a cair e vais sentir um imenso vazio por não teres um grande amor para compartilhar esse momento. Não terás ninguém para brincar contigo, admirar o pôr-do-sol, ou até mesmo partilhar as tuas histórias com um grande entusiasmo, como o fazias. O nome disso é saudade, aquilo que eu tinha tanto e te falava sempre. Quando finalmente bateres na minha porta, ela estará trancada ou se aberta, mostrará uma casa vazia. Os teus olhos vão ensinar-te o que são lágrimas, aquelas que eu te disse que ardiam tanto. E vais lembrar-te das festas que eu fazia nas tuas costas para adormeceres, da minha inocência que ria de tudo o que dizias, do meu jeito de te tentar fazer feliz. O nome do enjoo que vais sentir é arrependimento e a falta de fome será a tristeza, a mesma que eu senti por tanto tempo. Um dia quando te deitares e olhares para o tecto do teu quarto escuro, vais-te lembrar que as estrelas poderiam lá estar, para iluminar todas as tuas noites frias, mas tudo o que vais ver é a escuridão. E quando os dias passarem e eu não te ligar, quando nada de bom te acontecer e ninguém te olhar como eu te olhava, vais encontrar a solidão. E vais ver que diante de tudo isso, alguns dos meus defeitos poderiam ter sido perdoáveis.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Why does this have to be so hard?



Assim como as estações, as pessoas têm a habilidade de mudar. Não acontece com frequência, mas quando acontece, é sempre para o bem. Algumas vezes leva o quebrado a tornar-se inteiro. Às vezes é preciso abrir as portas para novas pessoas e deixá-las entrar. Na maioria das vezes, é preciso apenas uma pessoa que tenha pavor de demonstrar o que sente para conseguir o que jamais alguém achou possível.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

' Deixar' existe. E 'para sempre'?


" Se antes de cada acto nosso, nos puséssemos a prever todas as consequências dele, a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar."
[José Saramago - O ensaio sobre a cegueira]

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Mais forte que o rio, mais fundo que o mar.


Encarno a razão, aquela beleza tão perigosa, que funciona como uma bomba-relógio, que explode no tempo de qualquer suspiro. Não mais sou, que o ar de quem pertence a si própria, quem confia, e não dá confiança, uma saudade imperiosa, oculta, uma questão de vida ou morte.

Se algo me agita, tu sabes por um fim.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Suddenly


"Imaginar é o princípio da criação. Nós imaginamos o que desejamos, queremos o que imaginamos e, finalmente, criamos aquilo que queremos." - George Bernard Shaw