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Os olhares falam as palavras que a boca não pronuncia, talvez esse seja afinal o nosso sentido mais apurado.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

What love is

Os amores estão cheios de condições.
Certificam-se que o que veio tem mais do que se quer, do que se foge. E se trouxer verdade, fica. Vai ficando. 
O amor fica sempre mais um pouco.
Somos todos de amores diferentes, porque o amor é outra coisa aqui e ali.
Acredito no amor que lida com o pior do outro e que mesmo assim acolhe. Que expande o bom e melhora o mau.
Não o acredito noutra forma.
Não acredito naquele que paga à verdade com a mentira, que não explode porque está demasiado preocupado em conter-se. 
Acho que o amor se faz quando consome, quando balança a paz que aborreceria se houvesse todos os dias.
Gosto de um amor perturbador, mas que também acalme e sossegue. Que deixe respirar. Que esteja disponível para ser leal. Que se queira intenso.
Não acredito no que não cobra, que finge dar sem se importar receber, que não exige muito.
Mas acredito no amor porque um dia já me cruzei com ele. 
E não precisa de complementos. É o que é, e chega.

You don't?

"Everybody needs a reason why they run
Everybody wants to know what they're running from."

Says

“ Failure is only postponed success as long as courage coaches ambition. 
The habit of persistence is the habit of victory. ”
Herbert Kaufman

Says

"It’s a terrible thing, I think, in life to wait until you’re ready. I have this feeling now that actually no one is ever ready to do anything. There is almost no such thing as ready. There is only now. And you may as well do it now. Generally speaking, now is as good a time as any." 
Hugh Laurie

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

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Tenho pessoas de escrita difícil. Fazem-me o texto complicado.
Evito escrevê-las porque as palavras, que nelas se centram por inteiro, tornam-se ingratas por nunca ressalvarem de cada uma o suficiente, por nunca poderem ser a representação fiel daquilo que genuinamente são.
Nunca lhes sei se, do início, lhes poderia traçar o fim.
Fujo de escrevê-las. Por considerar que são em essência mais ricas do que aquilo em que as poderei compactar, com um espírito mais sagaz do que lhes poderei dar.
Gosto de sabê-las e de adivinhá-las, porque me condensam sempre que me acrescentam.
Na verdade, não gosto de escrevê-las porque gosto de reservá-las. E é por me permitirem esse egoísmo, de quem tem e não quer partilhar, que gosto tanto delas.
Mas, acima de tudo, por deixarem alguns dos meus defeitos render.