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Os olhares falam as palavras que a boca não pronuncia, talvez esse seja afinal o nosso sentido mais apurado.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Re-despertar.


Sabes quando olhas em frente e não tens a certeza do que vês?
Quando olhas e tentas ver, mas apenas alcanças vultos daquilo que buscas?
Quando não sabes o que está à tua frente, mas sorris?
Eu sorri.
Afinal, aquilo que ambiciono não está tão distante, basta querer contrariar a vida que por momentos se apaga.

Experimenta todas as manhãs ao acordar - mesmo com os sentidos ainda adormecidos e contra o teu estado-de-espírito - tirar um segundo da tua rotina para sorrir.

Sabes porquê?

As paredes de vidro erguidas à tua volta, ninguém as vê. Mas mantêm o resto do mundo a uma margem que tu própria definiste. Nem é segurança que procuras. Apenas espaço. Há demasiado dentro de ti para caber no meio dos outros. Mostras-te presente mesmo sem lá estar. Apresentas-te calma, mas as tuas marés são revoltas. Quase destrutivas.
Sempre foi assim.
De dentro de uma redoma observas as tentativas de invasão infrutíferas. Quando assim o queres, és a mais inexpugnável das fortalezas.
No momento certo, serás tu a abdicar do cativeiro.
Serás tu a abrir as portas ao destino que te aguarda.


Aí, estarei lá para te dizer: Bem-vinda.

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