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Os olhares falam as palavras que a boca não pronuncia, talvez esse seja afinal o nosso sentido mais apurado.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Coração por coração

Não sei quais são os ingredientes, mas só gosto de provar boas receitas de Amor-Ódio.

“I hadn't realized how much I'd been needing to meet someone I might be able to say everything to.”

5 comentários:

  1. Melhor que isso só encontrares-te com alguém que já soubesse tudo... mas isso seria quase quereres encontrar-te com deus! E se calhar és ateia.

    Bem, em alternativa poderias encontrar-te comigo, dizem que sou muito bom ouvinte e um verdadeiro túmulo, consigo guardar os mais gélidos segredos. Já imaginaste? De cada vez que me deixasses depois de nos encontrarmos seria como ressuscitar do túmulo! :)

    Estou a brincar, claro, porque sei que as pessoas escrevem no blogue também para se libertarem das ideias que, concretizadas, levariam à mudança. Correto?

    Pois, escrever, escrever para que tudo permaneça igual! A intenção de percorrer novos caminhos, afixada num mural virtual, fica mesmo bem!

    Mr. Impossible

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  2. Normalmente, somos nós próprios os nossos melhores ouvintes.
    Quanto à frase "A intenção de percorrer novos caminhos, afixada num mural virtual, fica mesmo bem!", apenas tenho a dizer que sou responsável pelo que escrevo e não pelo que o leitor interpreta disso. De facto, nunca foi esse um novo caminho, mas certamente, que se o fosse, não o deixaria como testemunho virtual - há coisas inteiramente nossas e, felizmente, tenho muitas assim.

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  3. Hum... nós próprios o nosso melhor ouvinte? Não concordo assim tanto. Podemos ouvir-nos a nós próprios mas não temos o alívio que sentimos quando partilhamos um segredo com alguém de confiança. A sensação de leveza... talvez descrevesse esse momento como Leve, Breve e Suave?

    Sabes, este teu blogue é muito acolhedor, com o mar e o pôr-do-sol... gosto. Principalmentec depois de ter encontrado a blogger mais cínica que alguma vez conheci. E eu que pensava que uma outra que conheci antes era má e fria... ao pé desta é quase "fofinha". ahah

    Quanto à minha frase, foi uma pequena provocação. Só porque me pareceu que estavas a pensar em alguém específico e, nesse caso, estás a "postar" em vez de lhe... telefonar ou enviar sms, por exemplo. E como afirmas, precisas tanto de contar tudo, de despejar tudo!

    Se é uma relação amor-ódio, e tu gostas desse tipo de relações, imagino como te excitará pensar que estarias frente-a-frente com ele, equilibrando-te entre a vontade de lhe dar um estalo e o desejo de o beijar.

    Mr. Impossible

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  4. Calculo que "a blogger mais cínica que alguma vez conheci", não seja um elogio, de todo. Não me lembro de ter confirmado nada, apenas de tentar fazer entender que, quem escreve tem na secretária duas gavetas: aquela em que arruma os textos que quer deliberadamente partilhar com o Mundo, e aquela em que ficam todos aqueles que, por opção própria, ninguém irá ler.
    Equilibrar a vontade de dar um estalo com o desejo de dar um beijo talvez seja um desafio, mas para quem é agressivo(a), o que não é o meu caso - quero com isto dizer que, há traduções bem melhores de "receitas de Amor-Ódio".

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  5. Ahah não, não era de todo um elogio à blogger em causa mas pode ser visto como um elogio à blogger anterior a ela, que afinal vim a perceber por comparação não ser tão glaciar como eu a fazia. Talvez seja apenas... terrivelmmente solitária. Nela a frieza é um escudo de defesa, fecha-se e agride para se proteger. Nesta última o gelo é uma arma de agressão para destruir pensando assim elevar-se e provar a sua suposta superioridade.

    Quanto aos textos, os da gaveta que ninguém irá ler estarão talvez guardados para o tal "alguém" a quem conseguirás abrir a tua alma?

    Sim acredito que haja traduções melhores dessa receita... tu que escreves bem, podes dizer-me como imaginas o teu encontro com esse "alguém" a quem abririas a tua alma? Qual seria a "receita Amor-Ódio"?
    Tu e ele frente a frente, olhos nos olhos... depois de tudo e de nada. Que palavras, que gestos? Puro instinto? Arrebatamento e faíscas? Ou racionalidade contida? Talvez poisar de escudos no chão e um abraço com insultos verbais ditos ao ouvido? Diz-me.

    Mr. Impossible

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