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Os olhares falam as palavras que a boca não pronuncia, talvez esse seja afinal o nosso sentido mais apurado.

domingo, 5 de setembro de 2010

pelo Mundo fora.

Existe sempre alguém que te enrola, tal e qual como um cigarro.
Coloca-te na boca e consome lentamente, num estado pertencente à monotonia nua e crua.
Sentes o corpo a queimar e algum tempo depois desapareces, foste apenas mais uma pessoa.
Ups.
Mas estava a falar de cigarros, não era?
Com as duas mãos, enrola-se o cigarro -toda uma essência que alivia o espírito, acalma o sistema nervoso para alguns e serve como ritual para outros, apertada num pedaço de papel, sem intenção de (te) oferecer a pessoas alheias.
No entanto, ninguém se lembra do corpo a queimar.
Os órgãos do corpo a desfazerem-se, restando um coração por amar no fundo do cinzeiro.
E toda a essência actua principalmente nos pulmões, não existe uma passagem secreta para o coração da pessoa que coloca o cigarro na boca. Oh, esqueci-me.
Fumar compulsiva e obsessivamente nunca fez bem nem nunca fará.
Não percebo porque é que existem tantos seres humanos a fumar desta forma, pelo mundo fora.

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