"Eu sei que não acerto com o português, que não  sou entroncado o suficiente para te proteger de tudo quanto queria, e  que repito demasiado a mesma coisa quando estou entusiasmado. Que às  vezes me desligo um bocado e deixo de perceber que o teu coração tem  muita coisa lá dentro e a maior parte do tempo (do tempo, do espaço) não  está arrumado. Eu sei que não me devia importar quando me tiras  fotografias aos pés. Mais que tudo, eu sei que te sentes frustrada  quando te tento ensinar a andar de skate e tu não consegues. Mas foi essa tua dissincronização toda que me fez  gostar de ti assim, tão devagarinho. Não foi o teu excesso de  vocabulário, a cor do teu cabelo, as tuas notas na escola e o facto de termos  os dois o mesmo nível de pontualidade (não nulo, quase nulo). Não foi  tão pouco a tua paixão pela arte ou a nossa adrupta parecença e  diferença em certas coisas. Mas a tua maneira de estar tresloucada e a  maneira como gostas de saber rir-te sozinha."Poderia ser um dos contos das MIL E UMA NOITES.
Confesso a imagem dissipaste a nevoa de meus olhos. é curta esta vida...
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