.

Os olhares falam as palavras que a boca não pronuncia, talvez esse seja afinal o nosso sentido mais apurado.

terça-feira, 11 de maio de 2010

és o vazio de um nada.

Deixaste de ser a mudança que queria ver no meu mundo - as mudanças têm cor, têm sabor - tu não. Tens tons de negro, sabes a pele mordida.

Não preciso das tuas recordações fantasma, na verdade, não preciso de nada.
És um dos dias em que nada pode ser feito, és ontem.
Já não és transcendente, não superas.
Anseio qualquer outro chão, porque a tua presença não me deixa poisar os pés.
Agora tenho o teu outro eu - és como as estradas com buracos onde apenas lhes passo ao colo.

E um dia, quando aprenderes que todas as fontes secam, que todas as folhas caiem, que toda a chuva molha, vais desejar ter ficado com o Verão da tua Primavera.
Se deixo fugir o que queria só para saber se volta?
Jamais
- bagagem perdida não se traz para casa

"Na vida, quem perde o telhado, ganha as estrelas." - Obrigada pelo presente, RR.

Sem comentários:

Enviar um comentário