Os amores estão cheios de condições.
Certificam-se que o que veio tem mais do que se quer, do que se foge. E se trouxer verdade, fica. Vai ficando.
O amor fica sempre mais um pouco.
Somos todos de amores diferentes, porque o amor é outra coisa aqui e ali.
Acredito no amor que lida com o pior do outro e que mesmo assim acolhe. Que expande o bom e melhora o mau.
Não o acredito noutra forma.
Não acredito naquele que paga à verdade com a mentira, que não explode porque está demasiado preocupado em conter-se.
Acho que o amor se faz quando consome, quando balança a paz que aborreceria se houvesse todos os dias.
Gosto de um amor perturbador, mas que também acalme e sossegue. Que deixe respirar. Que esteja disponível para ser leal. Que se queira intenso.
Não acredito no que não cobra, que finge dar sem se importar receber, que não exige muito.
Mas acredito no amor porque um dia já me cruzei com ele.
E não precisa de complementos. É o que é, e chega.