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Os olhares falam as palavras que a boca não pronuncia, talvez esse seja afinal o nosso sentido mais apurado.

domingo, 4 de março de 2012

Halfway gone

O coração muda de rumo, quando todas as direcções ficam vazias.
A vontade de querer apaga-se e o amor cansa-se.
É o tempo que ajusta os sentimentos à razão.
O certo transforma-se em errado, e como que numa posição de ajuda, a vida empurra para a frente, quem se deixou voltar atrás - socorre-te.
Os cheiros acabam por não mais deixar rasto, o lábio resiste a ser mordido e a garganta fecha-se a nós.
Aprende-se a apaixonar pelas coisas possíveis - as coisas certas.
Por dentro, o corpo arrefece, mas abrem-se novos espaços.
As palavras ocas e vagas não voltam a prender e a prioridade em tentar e tentar outra vez, cessa.
É assim que um (in)feliz jogo do destino, se perde como que uma carta mal dada.
É assim que quando a noite cai, o que importa é que alguém desistiu primeiro, e adivinha? Tu desistes também.

E sabes? Já te habituaste ao frio. Não é tão mau como parecia.

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