.

Os olhares falam as palavras que a boca não pronuncia, talvez esse seja afinal o nosso sentido mais apurado.

domingo, 1 de maio de 2011

Above it all

Se precisar, eu corto. Corto de uma só vez. E corto pela raiz.
Exacto.
Desfaço-me do que faz mal.
Não. Não é por medo - embora quem não o tenha?
É pelo amor próprio. Esse que amadurece. Tarefa difícil.
Corto porque não me conheço que não inteira.
Não me sei dessa forma.
Por isso escolho as pessoas que alimento.

Gosto daquelas que sabem até onde podem ir, daquelas que conseguem ficar imóveis sempre que em mim há um STOP.
Sabem que se sujeitam a um dia de mim nada mais saber, se os pés caírem em vão.
Achar que estou ininterruptamente aqui é um erro. Enorme até.
Porque para estar sempre, aqui ou ali, teria de me esquecer, de me deixar ir.
A isso dou mais um não.
Para além de nós, poucas pessoas realmente merecem a pena.
É, eu sei.
Conclusão feia essa. Crua. Dura.

Sem comentários:

Enviar um comentário