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Os olhares falam as palavras que a boca não pronuncia, talvez esse seja afinal o nosso sentido mais apurado.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Atrevimentos.

Quando se olha assim, tudo fica a meio.

Acredito que há coisas que vão além da terra, do céu, do mar.
E porque acredito, gosto de ouvir essas coisas, de as ver, e de as ir buscar não sei onde e sem compreender, de todo, porquê.

Talvez seja esse o problema. Estranho é que não escolhi. Não consigo precisar o momento em que não escolhi. Nem isso, nem qualquer outra coisa, nem nada. Foram-me arrastando. Não houve aquele momento em que se pode decidir se se vai em frente, se se volta atrás, se se vira à esquerda ou à direita. Se houve, não me lembro. Tenho a impressão de que a vida, as coisas me foram levando. Levando em frente, levando embora, levando de qualquer jeito. Sem se importarem se eu não queria mais ir. Mas agora olho à volta e tenho certeza de que gostaria mesmo de estar aqui. O problema é que essa coisa talvez dependa de outra.


- Toca nela com cuidado.

- Na coisa ou nas pessoas?

- Nas duas.

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