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Os olhares falam as palavras que a boca não pronuncia, talvez esse seja afinal o nosso sentido mais apurado.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

wiesz, że nie boisz.


Saí de casa com o coração a bater forte de excitação, nem conseguia ordenar as ideias.
Só uma louca para subir ao monte num dia como aquele.
Mas eu queria ouvir o silêncio.

O céu estava carregadíssimo, pintado de um cinzento escuro. O caminho feito em contra-relógio - pareceu-me bem mais longo do que na realidade é. O tempo parecia que fugia. Não havia outro sítio para estar naquele dia, naquela hora, que não ali, mais perto do céu. Lá em cima a chuva sentia-se ainda mais intensa, o vento estava ainda mais revolto, mas eu estava de braços abertos à vida, eu queria estar ali. Hoje, a chuva é a mesma. E a vontade de subir e transpor as montanhas, também. Mesmo em dias de tempestade. Porque eu sei o que se pode ver e ouvir quando estamos lá em cima - queres tentar? É só mais um enigmna da vida.

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