Talvez nunca tenhas notado mas não me destaco propositadamente.
Aliás, se me deixarem, sou a mais calada, rabiscando no canto da sala, remoendo os meus versos de poetisa de algibeira. Todas as respostas que trago na ponta da língua foram pensadas em longas e ilusórias insónias, envoltas em filosofias embaladas. Penso demasiado sem nunca chegar a profundas conclusões, mas uma quota parte do meu devaneio é dedicado ao mundo e a tudo o que o move.
As pessoas, sempre as pessoas.
São elas que me empurram e me fazem pensar?
A ideia de que uma acção provoca necessariamente uma reacção, por exemplo. Será? Há tanta coisa que cai no vazio, sem incitar a nada. E inevitavelmente deparo-me com o que me dizem que move o Mundo: o Amor.
Não há promessas de Amor falsas? Ou o Amor é sempre verdadeiro até deixar de o ser?
Penso muito nisto - das pessoas e dos quereres, e é-me díficil compreender os medos.
O meu silêncio passa por lá, pela ausência dos medos. O meu gargalhar também. E é por isso que sorrio, de joelhos esfolados, gastos pela Vida.
Ganhei cicatrizes e vou continuar a coleccioná-las porque, em cada olhar distraído, relembro todas as vidas que se cruzaram com a minha.
Das vezes que amei e de todas as outras em que não soube ser veículo de algo melhor.
Se me deixarem fico quieta no meu canto, sem dar nas vistas, evitando as luzes da ribalta. Trago o cabelo desalinhado, em meneios de bailarina, e nos olhos a melodia de apetites insaciáveis composto em mãos de outrém.
Mas se o Amor me chamar para dançar...
Bem, aí peço desculpa mas nunca lhe neguei uma dança.
Aliás, se me deixarem, sou a mais calada, rabiscando no canto da sala, remoendo os meus versos de poetisa de algibeira. Todas as respostas que trago na ponta da língua foram pensadas em longas e ilusórias insónias, envoltas em filosofias embaladas. Penso demasiado sem nunca chegar a profundas conclusões, mas uma quota parte do meu devaneio é dedicado ao mundo e a tudo o que o move.
As pessoas, sempre as pessoas.
São elas que me empurram e me fazem pensar?
A ideia de que uma acção provoca necessariamente uma reacção, por exemplo. Será? Há tanta coisa que cai no vazio, sem incitar a nada. E inevitavelmente deparo-me com o que me dizem que move o Mundo: o Amor.
Não há promessas de Amor falsas? Ou o Amor é sempre verdadeiro até deixar de o ser?
Penso muito nisto - das pessoas e dos quereres, e é-me díficil compreender os medos.
O meu silêncio passa por lá, pela ausência dos medos. O meu gargalhar também. E é por isso que sorrio, de joelhos esfolados, gastos pela Vida.
Ganhei cicatrizes e vou continuar a coleccioná-las porque, em cada olhar distraído, relembro todas as vidas que se cruzaram com a minha.
Das vezes que amei e de todas as outras em que não soube ser veículo de algo melhor.
Se me deixarem fico quieta no meu canto, sem dar nas vistas, evitando as luzes da ribalta. Trago o cabelo desalinhado, em meneios de bailarina, e nos olhos a melodia de apetites insaciáveis composto em mãos de outrém.
Mas se o Amor me chamar para dançar...
Bem, aí peço desculpa mas nunca lhe neguei uma dança.
Tenho a certeza que dançarás em breve e será uma dança cheia de sorrisos :')
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