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Os olhares falam as palavras que a boca não pronuncia, talvez esse seja afinal o nosso sentido mais apurado.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Rédeas na mão

 Um problema torna-se mais fácil, quando o levas na mão com que o acaricias. Perde a força, a importância - perde o problema.
O cavalo olha-te com uma expressão confusa, mas não pressiona para entender.
Compreende-te em toda a sua insciência e, no meio de todo esse alheio, não sabe aquecer-te a mão fria, mas deixa-te o coração quente. 
Acompanha-te a galope naquele só "deixar-te ir".
Com os cavalos, o hoje é assim e o amanhã não é diferente. Continua a deixar-se tocar, a gostar enquanto fecha os olhos e não desiste de ti pelos medos.
Existe algo no seu exterior, que subtilmente faz bem ao interior do Homem.
A diferença entre os dois reside na imponência de um sobre o outro. Enquanto o cavalo dá mais do que pode, o homem dá menos do que consegue; é por isso que apesar de ser de fácil conquista, foi o Homem que nasceu com mais agilidade de se curvar diante do cavalo e não o contrário.

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