Sempre te o neguei, com medo que algo ficasse por dizer, com receio de que nenhuma das palavras que usasse fossem grandes e justas o suficiente para transmitir todo esse teu tamanho, toda essa tua essência e carácter, no qual tenho um profundo orgulho.
Na verdade, continuo sem conseguir definir-te, porque és tão cheio de tudo, que é impossível dizer que és meramente isto ou aquilo.
Não tenho também como explicar o quanto gosto de ti, nem tenho em minha posse o porquê da tranquilidade que se instala quando me fechas num abraço. Sei apenas que quando estás por perto, tudo se alinha para me rasgar o sorriso e não há nada que lhe apague o brilho - não o permites.
De ti, abrigo toda a disponibilidade que me dedicaste e continuas a dedicar, guardo horas que o relógio não marca, grandes doses de respeito, sinceridade e carinho.
Sabia desde início que seria incapaz de concluir o que quer que fosse que rabiscasse a teu respeito, mas ainda bem que assim o é; porque da mesma forma que não consegui falar de ti com um início preciso, acabo sem te dar um fim.
No fundo é simples: a única coisa que tens de fazer é estar aqui - e tu estás, disso, não tenho a menor dúvida.