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Os olhares falam as palavras que a boca não pronuncia, talvez esse seja afinal o nosso sentido mais apurado.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Minha eterna paixao, J.


Dança comigo. Aqui mesmo. Sob as poucas estrelas que ainda ousam sair à noite apesar do frio. Envolve-te, abafa o clamor do mundo no silêncio. Canta-me ao ouvido. Não me interessa se sabes de cor todos os passos, ou se inventas alguns pelo caminho, somos o ritmo que pauta a respiração que pode vir descompassada. Nada mais importa que sentir-te a alma em cada nota e o poder de impregnar a minha dança no timbre da tua voz. Abandona-te ao movimento dos passos que desenhamos na areia. Não penses sequer no amanhecer que se aproxima. Se a lua é clave, o sol será maestro nesta melodia singular. Perde-te comigo. Seremos valsa, e tango. Seremos tudo aquilo que uma dança precisa.


"A dança nasce da necessidade de se dizer o indizível, pois nada é mais revelador que o próprio gesto."

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