É o amor que nos salva. Sempre.
Leve, Breve, Suave
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sábado, 19 de março de 2016
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
A carta dela
Minha querida,
Escrevo-te na certeza de serem as palavras, depois do Amor, o melhor que a ti posso dar.
Escrevo-te na pressa de contar o mundo, com o medo de quem sabe que pode não chegar primeiro.
E antes que me demore: amei-te antes de te conhecer. Acho que com o álibi de seres o prolongamento de quem amo como a ti.
Ninguém te vai dizer, que sei que é na leveza que te farão crescer, mas espero que sejas o coração grande do teu Pai e a assertividade da tua Mãe.
Espero que te sujes. Que ouses muito, como se por cada fim descobrisses um novo começo.
Que te haja sempre mais uma tentativa por pleno propósito. Mas que sejas a resiliência do bom humor quando já não a houver.
Que encontres no equilíbrio das coisas necessárias, espaço para o que de bom, é acessório.
Que andes num passo que permita aos olhos sorver todas as histórias que a vida te vai dando.
E se um dia tropeçares no maldizer alheio, espero que ofereças em troca a
liberdade do que és, de alma sacudida. Transparente. De quem está ao
serviço da paixão e da verdade.
Que não tenhas
medo de ser grande à luz das tuas escolhas. Que te entregues à vida de forma resolvida e que nela colhas mais do que desejas.
Que neste mundo sejas esfuziante por direito.
Dona de si, antes de o seres de outra coisa.
Mas sobretudo, que todos os dias te estejam subordinados ao Amor. Que seja ele o princípio de tudo. E que o aprendas a receber. A dar. Que seja infinito. O Amor.
sábado, 14 de novembro de 2015
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
+
És o silêncio de Agosto.
A saudade fracturante que dilacera.
És o que há de definitivo.
Quem, não sendo parte, foi predestinado a me ser em todo.
O meu tanto ao mar e tanto à terra.
És tu. Só tu. Sempre.
segunda-feira, 20 de julho de 2015
FOTO-GRAFIA
"They call me observant. That’s not particularly true. People are so easy to read - we bleed emotions even in the way we drink our coffee. No one seems to notice though. They’re all too busy drinking their own damn coffee.”
One place
Falo-te do único sítio onde apenas o silêncio me pode interromper.
Falo-te no desvelar da noite, de pés soterrados em castelos que outrora o mar levou, entre um vento que tem tanto de intrometido quanto de apaziguador.
Falo-te de olhos no futuro que progride num horizonte de perder a vista.
E escrevo-te.
Porque sei que precisas de me ouvir na tua voz. Como se cada palavra minha fosse validada por cada centímetro do que és. E serás.
Como se te erguesse dos pensamentos que tantas vezes te toldam, por esse mergulho na obstinação de colocar hipóteses à frente de factos, na esperança de ser a idoneidade das circunstâncias, o encontro com as tuas expectativas.
É nessa prudência estratega que a ti me levo.
Como quem só te deixa um bilhete a lembrar que uma hipótese não mais é que o que querias que fosse, não o sendo.
Como quem te veio recordar que esse teu prazer não encontra destino por não se saber na rota. Porque lhe andas ao encontrão descoordenado, numa certeza que em olhar alheio, não te domina nem prevalece.
A ti, mais evoco. A uma lucidez peremptória, de quem já deveria saber que
clamar ao destino é cortar-lhe as intenções. Como quem sucumbe ao medo do que está para vir, julgando que sabe mais de justiça que a própria vida.
Falo-te assim. Na forma ímpar, digna de quem só conhece a verdade. A tua.
E essa é de que acordas todos os dias um paradoxo de quereres.
domingo, 22 de março de 2015
FOTO-GRAFIA
“A honestidade é uma droga. Vicia-nos. Com razão. Nunca se esquece quem
não só não nos mente como nos diz a verdade. Tal qual a conhece. Que é
sempre melhor do que nós.”
Miguel Esteves Cardoso
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